Irei mais uma vez falar de sentimento, daquilo que surge ao relento de maneira sutil ou avassaladora, de algo que surge nos pensamento poluindo toda a visão futura. Estarei a falar da vida, alias de algo que tira a vida do trilho, ou que coloca. Estarei a falar de algo que tem o poder de ressurgir o que já fora perdido, daquilo que pode matar até os imortais, estarei a falar do que não é cientifico, do que não é concreto, do que não há certo e errado, da verdadeira tradução do relativo.
Falar de sentimento é ter uma licença para fazer algo que ninguém pode te condenar. O que penso ou sinto, é algo que depende apenas da minha alma, do meu humor, da minha vida, das minhas crenças, da forma que interajo com o mundo. Nada e ninguém têm o gabarito para dizer que aquilo que pulsa no peito de todos os mortais, está errado ou menos correto. Estamos falando de particularidades, estamos falando de diferenças, estamos falando de cada individuo, estamos falando de individualidade.
Não espere que sempre terá os seus sentimentos retribuídos, não passe a vida inteira acreditando na reciprocidade. Viva e deixe que os outros saibam o quanto você vive para eles. Mas jamais, queira que eles vivam o mesmo tanto para você. Cada qual possui um ritmo, uma maneira de viver. Uns gostam muito e de muita gente, outros gostam pouco de muita gente, outros gostam muito pouco de muita gente, e de nada temos o direito de mudar a posição do muito na vida deles. Podemos , mas seria uma grande besteira, mudar a posição do nosso muito. Colocá-la em algum outro lugar dessas orações, seria quase que um crime a sua natureza, mas pode ser feito. Nunca tente se machucar para mostrar aos outros como o seu sangue corre em função deles. Não seja mais um coitado no mundo, seja sim, mais um homem ou uma mulher dignos de admiração.
Faça tudo àquilo que acredita que seja o melhor, mas jamais faça aquilo que os outros acham que é o melhor. Esteja sempre convicto de todas suas ações, para que futuramente tenha argumentos para justificar seus meios. Poupando, dessa forma o papel ridículo de negar o inegável. Nada é mais humilhante e desprezível, que negar o inegável, e nada é mais lindo que assumir os atos e esperar as conseqüências de peito aberto. Digo isso porque acredito naquilo faço,e se no caminho vejo atalhos, estou pronta para assumir os perigos.
Embasada na tese que toda ação merece uma reação é que apoio o corpo desse texto. E não estou levando em consideração, jamais levaria, o fato que podemos desviar de tudo que volta, já que, tudo que vai , volta. Não estou considerando o fato de poder sair pela tangente, de poder escapar nas brechas, não estou levando em consideração o "se" e nem o " depende". Estou tratando de sentimento, não de escapes.
Quando possuímos convicção daquilo que sentimos, realizamos atos mais próprios de nossa natureza. Quando sabemos quem somos, acabamos nos permitindo a sentir certas coisas, e excluímos outras. Nossa descrição do eu, muitas vezes é movida pelos sentimentos que habitam nossa psique, afinal quem melhor pode nos descrever, se não aquilo que está intrínseco a nossa realidade. Já que não devemos fazer julgamento dos sentimentos alheios, também não devermos palpitar na maneira que os outros levam a vida, já que essa é o reflexo daquilo que sentem.
Não devemos compreender, muito menos aceitar a maneira com que o outro vive a vida. Quem é você para compreender os atos de terceiros!? Quem sou eu, para tal tarefa!? Não sou ninguém, você não é ninguém. E aceitar?! Aceitar o quê? Não se trata da sua vida. Devemos mesmo, respeitar, sem fazer nenhum tipo de interferência, ou critica. Se for conveniente podemos estabelecer um dialogo pacifico e explicativo, do seu ponto de vista, mas jamais imponha atos que não são condizentes com este outro que você está lidar.
Por isso digo, que mais do que saber se é moral ou ético o que estamos sentindo, é necessário que consigamos responder a seguinte pergunta: Será que o que estamos sentindo é por nós, ou pela pressão externa? Sim, pois muitas vezes, somos induzidos a sentir algo, que não nos retrata. Quantas vezes já sentiu dó, raiva, medo, alegria, entre outros, pelo fluxo? Não venha dizer que não, se isso for verdade. Jamais entrou em briga que não era sua? Nunca sentiu dores dos outros? Vai dizer que nunca engoliu seco a oposição, só para não discordar?
E inventar algo que não existe!? Quem nunca inventou um amor, quem nunca plantou a semente de algo que não sentia? Quem nunca se perdeu na definição do que está a sentir? Quem nunca achou que era só o vento lá fora, quando na verdade era sua própria respiração?
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