domingo, 22 de abril de 2012

Então tá bom, vamos falar de sexo!


Lutamos tanto para que o pudor que envolve o sexo deixasse de existir, e ao que parece conseguimos. Mas o que sinto é que essa ofensa, essa vergonha, esse pudor apenas foi transferido. Hoje falamos e ouvimos abertamente sobre sexo, sobre vontade, sobre descompromissar as coisas, sobre separar amor de sexo. Conversamos entre amigos, lemos, ouvimos , cantamos, assistimos produções que envolvem sexo de uma maneira normal, um assunto trivial. Assim como o ultimo capitulo da novela, o melhor gol da rodada, a melhor padaria da redondeza, o preço da gasolina, a prova da semana que vem. Entretanto quando o assunto é amor, gostar, namorar, tudo cai por terra e aquele sentimento de negação toma conta dos olhares e das atitudes. É difícil assumir que estamos apaixonados, mas é tranquilo dizer que sentimos desejo. Colocamos diminutivos nas coisas só porque não temos tanta coragem assim pra dizer a verdade, ou seja, palavras como: rolinho, casinho, namorandinho, surgem com força total. Um bombardeio de neologismos com um fundo de eufemismo.
Soa cada vez mais natural os verbos : querer, desejar, ficar na conotação carnal, sexual. E cada vez mais difícil dizer: querer, desejar, ficar, gostar, apaixonar no sentido "romântico" das coisas. É bem estranho, pois são coisas que se interligam e se separam facilmente, mas que não obedecem a nenhuma regra. Assumir sentimento está cada vez mais difícil ao passo que falar de sexo é premissa pra estar no mundo moderno. Haja talvez uma inversão. Será que a próxima reivindicação dos jovens será por: Suco natural, paixão/amor, presença no lugar do clássico: drogas, sexo e rock and roll.
Bom, por ora falaremos de sexo e tesão já que é démodé falar sobre amor e paixão! 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Por fora uma serenidade indiscutível, mas por dentro, ah por dentro o sangue ferve


E mais uma vez sentimento.
Estou me sentindo insuportavelmente idiota por mais uma vez querer falar de sentimento. Logo eu que sempre abominei tal postura. Entretanto, eles estão cada vez mais latentes em mim. Tenho um misto de raiva, inconformismo, impotência, por ter sido deixada. O verdadeiro “terror de ser deixada” musicado por Maria Rita em “Não Vale a Pena”. Não queria que assim fosse,- claro-, ninguém quer ser “passado pra frente”. Isso ainda não foi digerido pelo meu orgulho, o que me faz muito mal. Já que sou extremamente orgulhosa e vingativa. Toda minha complacência, minhas atitudes boas, meu olhar sincero e calmo, desaparecerem no meu orgulho cego.
É um nó na garganta, uma ansiedade, uma vontade colossal de fazer algo, de aliviar essa condição. De olhar, falar, sentir, provocar... Meu extinto pede essa atitude, mas me controlo, me policio, coloco limites. Mas, por dentro, o sangue ferve.  Por fora uma serenidade indiscutível, mas por dentro, ah por dentro sou um vulcão prestes a explodir e destruir.  Controle, respire, controle, engula, pense, respire, acalmasse e assim vai. Até que, a primeira oportunidade surja. O problema é: cadê essa oportunidade? Estou esperando desesperadamente, mas algo me diz que não acontecerá. Infelizmente sinto que não acontecerá. Isso me preocupa, porque sei que levarei isso engasgado por muito tempo.
E pior é que não gosto de ser assim, me sinto podre. É horrível sentir prazer em dizer “Bem- Feito”. Mas, é assim. Oras, é assim! Não estou aqui dizendo que torço pra que as pessoas sofram, mas pra algumas e certas situações digo mesmo, e pior, sinto prazer. Não faço mal a ninguém, procuro não julgar, não comentar as atitudes alheias, mas não invada meu espaço e me faça mal. Não desperte sentimentos que tento disfarçar, não seja ingênuo a ponto de achar que sou boazinha pra todo o sempre, pois não sou!  Aquele sorriso constante é verdadeiro assim como meu olhar de ódio e desprezo. E nessa arte, sou mestra. Na arte do desapego, já estou fazendo meu doutorado.
Prefiro o nada ao só isso. Prefiro não comer a pegar só um pedaço. Prefiro não saber a ter que esperar o próximo capítulo. Prefiro morrer cedo vivendo tudo a morrer tarde vivendo aos poucos. Prefiro fazer tudo a ter que fazer coisas pausadas. Prefiro a pressão à calmaria. Não sou ponderada. Não sou controlada, organizada, sou a bagunça, o caos. E não vou mudar. Não trabalho aos poucos. Ou faço muita coisa ao mesmo tempo, ou não faço nada.
Engana-se quem acha que sou tranquila e extremamente de boa. Não sou! É que não me importo com coisas irrelevantes. Não entro em discussões idiotas, não perco tempo explicando sobre meus pontos de vista com quem eu sei que não tem argumentação, não falo de novela, não sei sobre cores de esmalte e muito menos quero que me expliquem. Sou a melhor pessoa pra segredos, pois esqueço. Não fico remoendo e instigando as pessoas, por mim tanto faz. Prezo com toda minha vitalidade a boa convivência, a lei da boa vizinhança, o bem estar no ambiente. Sei que essas atitudes passam a ideia de uma menina calma, tranquila, que não se envolve em brigas, que não tem inimigos. Fato! Mas não. Perdoar é difícil, não corro atrás e pior se me envolver em uma briga, irei até o final. Ressentimento se transforma facilmente em repúdio. E eu vou fazer o que!? Apenas controlo, e controlo muito. Vou ao extremo para o tal vulcão não entrar em atividade.  Entretanto o sangue ferve!
Por fora uma serenidade indiscutível, mas por dentro, ah por dentro o sangue ferve!

domingo, 15 de abril de 2012

E no final das contas, nada é o que parece ser.

E no final das contas, nada é o que parece ser. 
     Percebo que as pessoas buscam incessantemente um amor, um afago, uma resposta às incertezas, uma companhia. Buscamos aquele alguém para pensar antes de dormir, para ligar no final do dia, alguém que nos dê a certeza de não estarmos sozinhos. 
     São músicas, filmes, livros, roupas, novelas, textos, fotos, comportamento que nos remete a felicidade à dois! Somos bombardeados a todo instante por essa paixão, por esse sentimento de amor instantâneo. Aquele sorriso livre, braços entrelaçados, olhos direcionados e uma atmosfera de querer imensurável..Como se todos os objetivos da vida culminassem em ter alguém para dividir carinho. Criando a imagem de seres únicos que se amam e que estarão juntos pela eternidade. Entretanto, tenho algumas ponderações... 
    Observando casais reais, ouvindo conversas daqueles que não estão só e pensando como alguém fora dessa realidade, percebo que algumas relações são sem projeções para o futuro. Poucos querem casar e ter filhos, poucos imaginam aquela pessoa como a ultima de suas vidas, e ainda, poucos são capazes de assumir que aquela relação é algo que faz bem por hora e que não há planos definidos para o futuro. Sim, é estranho! Aos olhos de quem observa isso sugere uma ilusão, uma realidade inventada, uma felicidade momentânea estilo comercial de margarina. Já pra quem vive essa história, nada disso faz sentido e pensar desse jeito é anular todo o bem querer que uma relação a dois envolve.
    Quando vejo casais que respondem como um único ser, quando percebo que as pessoas pararam de ser o que eram antes, quando percebo que não há mais amigos individuais, apenas amigos do casal ou amigos de outros tempos, todos os meus pensamentos são dominados e embasados em um repudio, inconformismo, um certo : "deus me livre!" . Penso em liberdade, atitude, personalidade,  futuro, passado, enfim, não me projeto nessa situação. Bom,- que a verdade seja dita - , tal realidade seria exageradamente forçada se fosse comigo.Mas  tenho vontade de estar em um clipe de bandas românticas na qual os casais estão juntos, com todo o estereótipo de felicidade.
    Não, não quero casar e não faz parte dos meus projetos ter filhos. E muito menos tenho medo de dizer que tudo é passageiro. Não acredito no pra sempre e não sei imaginar minha vida projetando mais alguém nela. Mas é fato que quero alguém nela. Não sei se agora, se por muito tempo, quem, de onde, enfim, não estou ponderando estar ou não em uma relação. É só uma consideração que no final das contas, nada é o que parece ser.
     Não há pensamento de amor eterno, não há quem supere a ausência sozinho. Não existe personalidade única, um casal não é um único ser, viver sem ter alguém pra apaixonar-se não é tão legal quanto dizemos, sair com os amigos e somente com os amigos às vezes não é o suficiente. Não é tão fácil estar junto e também não é tão difícil não estar

domingo, 8 de abril de 2012

Cedo ou tarde toda menina torna-se mulher. !


Cedo ou tarde toda menina torna-se mulher. E quando isso acontece é preciso encarar o mundo de outra forma, esquecer a redoma de vidro que a separa da dor da realidade. O muro que protege a princesa do mundo. Sair das proteções e da desculpa de ser uma criança, encarar as responsabilidades e ter um pouco mais de maturidade para lidar com o dia-a-dia.
Ser mulher é saber que nada e ninguém, além delas mesmas, possuem o poder de torná-las mulheres. Não há terceiros, não há novas atitudes, não há livros, revistas, programas de televisão, conselhos, amores, desamores que façam essa passagem. Esses são fatores que podem acelerar, influenciar, servir como escopo, provocar reflexões, mas não são e nunca serão os responsáveis.
Ser mulher é aprender que para ser feliz não é necessário ter homem envolvido. Ser mulher é aprender que para ser feliz é preciso assumir suas escolhas, seus pensamentos, suas formas, sua história, seu passado. Não há ninguém no mundo que fará uma mulher sentir-se confortável sendo que ela não se sente confortável com ela mesma. Se a imagem não a agrada, se as atitudes, conversas, dia-a-dia não despertam o sentimento de orgulho próprio, não haverá elogios que farão sentido.
E pensando em elogio, o alimento do ego, ser mulher é ser mais que ouvidos espertos para ouvi-los. Ser mulher é ter a certeza de que o que dizem é verdade. Despertar o interesse alheio e não ser surpreendida por um elogio, mas sim, entendê-los. Crie uma marca. Não é possível ser tudo, deixe que as pessoas descubram suas qualidades. Mas assuma uma postura: a linda mulher, a mulher interessante, a mulher estudiosa, a mulher esforçada, a mulher simpática, a mulher inteligente, a mulher de atitude, a mulher incomum, crie a sua mulher, aquela que te representa prioritariamente e deixe que as outras apareçam naturalmente.
Uma mulher aprende que todas e todos- a principio- são iguais, entretanto, o que os diferencia é o que encanta. Optar pelo peculiar, pelo exclusivo, pelo seu. Uma mulher aprende que mesmo que não esteja plenamente satisfeita com seu corpo não deve contagiar o mundo com sua insatisfação. Não há perfeição, faça do bom o melhor. Procure roupas que disfarcem coisas que não gosta no seu corpo para que se sinta bem. Leia livros de assuntos que queira conversar. Frequente lugares que terás orgulho em apresentar ao próximo. Assista programas que acrescentarão algo à sua vida. Ame o que vale a pena. Coma o que não irá provocar arrependimento. Esqueça o politicamente correto, o certo e errado, os pensamentos alheios, afinal, uma mulher aprende que só ela pode fazer esse julgamento.
Uma mulher simplesmente é uma criança que não precisa de adultos para ajudá-la. Uma mulher é ser uma criança com personalidade suficiente para ser suficientemente independente. Não crie dependência na fase da vida que a única coisa que se espera das pessoas é que sejam independentes. 

O tanto faz é a permissão de não participar de nada e simplesmente botar o bloco na rua!


“ Eu quero botar o meu bloco na rua. Eu por mim, queria isso e aquilo. Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso. É disso que eu preciso ou não é nada disso. Eu quero é todo mundo nesse carnaval ...!” Pelo direito de querer o diferente e de querer o comum. Pelo direito de não ter que ter uma opinião formada sobre tudo. Pelo direito de não se envolver. Pelo direito de dizer: tanto faz. O fato de não estar nem contra, muito menos a favor não significa alienação. Significa uma escolha em não ter a obrigação de estar partidário a nada. Pelo direito de não precisar ter uma resposta pra coisas que não interferem no rumo das coisas.

Assim como temos o direito da revolta, da luta, do contraponto, deveríamos ter o direito de simplesmente não estar ligando para o que não é relevante. Azul ou amarelo? Sábado ou domingo? Cedo ou tarde? Junto ou separado? Perto ou longe? Oras não sei ! Não quero saber! Não quero decidir coisas que a decisão não é entre o bom e o ruim, sim ou não. Coisas relevantes, coisas importantes, coisas inteligentes isso sim. Mas trivialidades não sou especialista. Não gosto, não curto! Sim, não sei decidir coisas que no final tem o mesmo impacto. O tanto faz não significa falta de opinião, mas expressa que qualquer opção satisfaz. O sim e o não, esses sim, deveriam ter o significado concreto, de uma única interpretação. Mas o “tanto faz”, - coitado - , ele é tão renegado, interpretado como desleixo. Não! O tanto faz é a permissão de não participar de nada e simplesmente botar o bloco na rua!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

O que é o amor?

O que é amor?

Uma grande duvida, a qual, cada ser humano tem o direito de definir e escolher como expressá-lo. Sem definição correta, sem o concreto, sem o abstrato, sem o tato, sem porquê, razão, sem motivo, por impulso, por motivação, por certeza, por vontade, por medo, por gosto, por raiva, por desgosto, por carinho, por conseqüência. Enfim, o que amor?

Porque se busca tanto entender o conceito de tal palavra, de tal ato, de tal sentimento, de tal metáfora. Seria tudo isso verdade, ilusão, certeza, coração? Algo vendido, comprado, feito, criado, descoberto. Uma busca incessante, um caminho sem volta, a nossa volta.

Dentre tantas formas de amar, está a escolha do que amar, por quanto tempo amar, qual a razão de amar, qual intensidade amar.Sim, mais difícil que definir, é sentir, camuflar, enganar, se enganar. Mais complexo é pensar em tudo, é racionalizar o que não é racional.