domingo, 8 de abril de 2012
O tanto faz é a permissão de não participar de nada e simplesmente botar o bloco na rua!
“ Eu quero botar o meu bloco na rua. Eu por mim, queria isso e aquilo. Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso. É disso que eu preciso ou não é nada disso. Eu quero é todo mundo nesse carnaval ...!” Pelo direito de querer o diferente e de querer o comum. Pelo direito de não ter que ter uma opinião formada sobre tudo. Pelo direito de não se envolver. Pelo direito de dizer: tanto faz. O fato de não estar nem contra, muito menos a favor não significa alienação. Significa uma escolha em não ter a obrigação de estar partidário a nada. Pelo direito de não precisar ter uma resposta pra coisas que não interferem no rumo das coisas.
Assim como temos o direito da revolta, da luta, do contraponto, deveríamos ter o direito de simplesmente não estar ligando para o que não é relevante. Azul ou amarelo? Sábado ou domingo? Cedo ou tarde? Junto ou separado? Perto ou longe? Oras não sei ! Não quero saber! Não quero decidir coisas que a decisão não é entre o bom e o ruim, sim ou não. Coisas relevantes, coisas importantes, coisas inteligentes isso sim. Mas trivialidades não sou especialista. Não gosto, não curto! Sim, não sei decidir coisas que no final tem o mesmo impacto. O tanto faz não significa falta de opinião, mas expressa que qualquer opção satisfaz. O sim e o não, esses sim, deveriam ter o significado concreto, de uma única interpretação. Mas o “tanto faz”, - coitado - , ele é tão renegado, interpretado como desleixo. Não! O tanto faz é a permissão de não participar de nada e simplesmente botar o bloco na rua!
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