terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Uma tarde, de tarde , percebi que é tarde
Hoje tive a autista idéia de ir ao cinema sozinha. Sensação estranha, diga-se de passagem, mas necessária. Munida de minhas musicas saio de casa as três e pouco com uma idéia na cabeça, tempo livre e apenas um afazer a ser cumprido. O resto era motivo pra passar o tempo, enrolar o dia e dizer que algo eu faria.
Decido que irei ao pequenino shopping do bairro, é mais perto, mais barato e a preguiça de pegar metro, e ou ônibus, e ou trem me consomem, sendo assim a lei do menos esforço toma conta da minha escolha. Sessão das quatro horas, em plena segunda - feira, na única sala de cinema do então dito shopping. O publico: eu e crianças de até dez anos acompanhadas dos pais. Juntos éramos menos que 30.
Resolvi sentar na fileira encostada na parede, um pouco acima do fileira central. Estava ilhada, essas poucas pessoas sequer podiam me ver, adotei o estilo excluída da vida. Para acompanhar meu filme comprei uma água, é light, barata e não faz mal.
Enquanto esperava o começo do filme ouvia Ventania. Sentia as caminhadas do maluco sonhador guiar meus pensamentos. Viajava na viagem dele. Mantive-me assim por uns dez minutos, até que as luzes se apagaram e o trailer começou.
Fui assistir Madagascar 2, isso explica a quantidade de crianças que preenchiam discretamente as poltronas da sala. Lembrei de varias pessoas, que não cabem serem citadas, dei risada sozinha, comentei com o silêncio o filme, -tenho mania de comentar durante o filme-, e por uns instantes era só eu, um leão de mentira, uma zebra preta com listras brancas, um hipopótamo carnudo e uma girafa apaixonada.
Uma hora e vinte e poucos minutos depois tomei o rumo de minha casa novamente. Fone no ouvido, pensamento distante, reflexões incoerentes e um corpo andando entre outros corpos jamais vistos até então e novamente.
Eu não sei explicar de verdade o que acontece, mas a cada dia me esforço pra sei lá, deixar minha vida mais leve e solta. Sinto que as palavras precisam de verdade quando são ditas e talvez seja por isso que me encontro muda. Não que não seja verdadeira, mas meus sentimentos estão forçados, amarrados a convicções que não sei quem criou. Sou uma fraca e me sinto mal ao saber que me conformo com isso. Sei lá, essa é a palavra, sei lá...
Fiquei me imaginando no lugar daquelas crianças e seus pais, com toda certeza algo passou pela cabeça deles quando viram uma moça no cinema sozinha, assistindo filme de criança, às quatro horas da tarde de uma segunda feira no período de ferias. Se eu fosse um daquelas crianças e visse essa cena logo perguntaria aos meus pais por que isso estava acontecendo, iria ficar inconformada, pois nessa idade eu acreditava que todas as pessoas andavam juntas uma das outras. Nunca me passaria pela cabeça que essa sentença não é a única verdade. E se eu fosse os pais delas!? O que será que eu pensaria , talvez que essa garota enfrenta sérios problemas de relacionamento, que ela é autista , ou que é uma desocupada.... Ou sei lá também, talvez não pensasse nada, afinal nada iria mudar no roteiro do filme e da minha vida.
Fato é.... O filme é bem legal , o cinema pequeno, mas confortável, a meia entrada é barata, - três reais pô -, a água estava gelada, a minha trilha sonora era companheira, e eu estava compartilhando de momentos com a Vany.
É lógico que com uma boa companhia tudo isso passaria despercebido e os créditos iriam todos a ela. Mas como, "quem não tem colírio usa óculos escuros ", acabo minha narrativa aqui, indicando o filme, refletindo sobre meu dia e bocejando o cansaço que o ócio provoca.
Decido que irei ao pequenino shopping do bairro, é mais perto, mais barato e a preguiça de pegar metro, e ou ônibus, e ou trem me consomem, sendo assim a lei do menos esforço toma conta da minha escolha. Sessão das quatro horas, em plena segunda - feira, na única sala de cinema do então dito shopping. O publico: eu e crianças de até dez anos acompanhadas dos pais. Juntos éramos menos que 30.
Resolvi sentar na fileira encostada na parede, um pouco acima do fileira central. Estava ilhada, essas poucas pessoas sequer podiam me ver, adotei o estilo excluída da vida. Para acompanhar meu filme comprei uma água, é light, barata e não faz mal.
Enquanto esperava o começo do filme ouvia Ventania. Sentia as caminhadas do maluco sonhador guiar meus pensamentos. Viajava na viagem dele. Mantive-me assim por uns dez minutos, até que as luzes se apagaram e o trailer começou.
Fui assistir Madagascar 2, isso explica a quantidade de crianças que preenchiam discretamente as poltronas da sala. Lembrei de varias pessoas, que não cabem serem citadas, dei risada sozinha, comentei com o silêncio o filme, -tenho mania de comentar durante o filme-, e por uns instantes era só eu, um leão de mentira, uma zebra preta com listras brancas, um hipopótamo carnudo e uma girafa apaixonada.
Uma hora e vinte e poucos minutos depois tomei o rumo de minha casa novamente. Fone no ouvido, pensamento distante, reflexões incoerentes e um corpo andando entre outros corpos jamais vistos até então e novamente.
Eu não sei explicar de verdade o que acontece, mas a cada dia me esforço pra sei lá, deixar minha vida mais leve e solta. Sinto que as palavras precisam de verdade quando são ditas e talvez seja por isso que me encontro muda. Não que não seja verdadeira, mas meus sentimentos estão forçados, amarrados a convicções que não sei quem criou. Sou uma fraca e me sinto mal ao saber que me conformo com isso. Sei lá, essa é a palavra, sei lá...
Fiquei me imaginando no lugar daquelas crianças e seus pais, com toda certeza algo passou pela cabeça deles quando viram uma moça no cinema sozinha, assistindo filme de criança, às quatro horas da tarde de uma segunda feira no período de ferias. Se eu fosse um daquelas crianças e visse essa cena logo perguntaria aos meus pais por que isso estava acontecendo, iria ficar inconformada, pois nessa idade eu acreditava que todas as pessoas andavam juntas uma das outras. Nunca me passaria pela cabeça que essa sentença não é a única verdade. E se eu fosse os pais delas!? O que será que eu pensaria , talvez que essa garota enfrenta sérios problemas de relacionamento, que ela é autista , ou que é uma desocupada.... Ou sei lá também, talvez não pensasse nada, afinal nada iria mudar no roteiro do filme e da minha vida.
Fato é.... O filme é bem legal , o cinema pequeno, mas confortável, a meia entrada é barata, - três reais pô -, a água estava gelada, a minha trilha sonora era companheira, e eu estava compartilhando de momentos com a Vany.
É lógico que com uma boa companhia tudo isso passaria despercebido e os créditos iriam todos a ela. Mas como, "quem não tem colírio usa óculos escuros ", acabo minha narrativa aqui, indicando o filme, refletindo sobre meu dia e bocejando o cansaço que o ócio provoca.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Vontade de gritar pra todo mundo ouvir ! Todo mundo!
Sentimento é a coisa mais estranha do mundo neah!? Tem coisa que não tem lógica, ou grandes explicações... Não é medido por tempo,nem por intensidade,nem por consideração ,nem por razão, ou é. Não há regras pra se avaliar a validade e a sinceridade dos sentimentos. As vezes , por um momento ,algo parece intenso e depois de horas acaba.Outros sentimentos parecem mortos , mas apenas estão cochilando esperando que alguém os despertem e os faça reaparecer.
São como musica. Existem os hits do verão, aquelas que tocam todas as horas, em todos os lugares e que parece que nunca iram desaparecer, ou sair de moda, são executadas exaustivamente e que você jura que nunca enjoará, mas como o nunca é uma coisa que nunca acontece, você enjoa. Por outro lado existem os clássicos, que nem sempre se ouve, mas todos sabem as letras e ouvem com muita emoção.
Sei lá, é tão saber que mesmo longe os sentimentos não morrem, que mesmo ausente eles estão presentes. É tão estranho não saber o porquê de tê-los , mas é tão bom te -los pulsando no coração.
É bem verdade que não sou a pessoas mais apropriada para falar de grandes sentimentos avassaladores, mas sou perfeita para falar de devoção a eles. Sou devota as meus sentimentos, assim como, preciso deles para traçar meus passos.
Os anos passam, nossos corpos, mentes, roupas, crenças mudam, mas alguns sentimentos não sofrem qualquer modificação. Cara, é tão estranho isso , mas ao mesmo tempo á tão óbvio! É tão certo quanto o
amanhecer, é tão óbvio quanto chuva de verão , é tão lindo como arco-íris, é tão assustador quanto relâmpagos.
Nada e nem ninguém consegue descrever a minha confusão, o meu amor, a minha devoção. Dentro de mim , há uma verdadeira tempestade de teses, de reflexos, de amores, de raiva, de duvidas, de saudades. Há um poço de questões, de respostas, de certezas , de indecisão. Dentro de mim existe alguns segredos, vários sonhos, desejos ocultos, e ao mesmo tempo há um vazio...
São como musica. Existem os hits do verão, aquelas que tocam todas as horas, em todos os lugares e que parece que nunca iram desaparecer, ou sair de moda, são executadas exaustivamente e que você jura que nunca enjoará, mas como o nunca é uma coisa que nunca acontece, você enjoa. Por outro lado existem os clássicos, que nem sempre se ouve, mas todos sabem as letras e ouvem com muita emoção.
Sei lá, é tão saber que mesmo longe os sentimentos não morrem, que mesmo ausente eles estão presentes. É tão estranho não saber o porquê de tê-los , mas é tão bom te -los pulsando no coração.
É bem verdade que não sou a pessoas mais apropriada para falar de grandes sentimentos avassaladores, mas sou perfeita para falar de devoção a eles. Sou devota as meus sentimentos, assim como, preciso deles para traçar meus passos.
Os anos passam, nossos corpos, mentes, roupas, crenças mudam, mas alguns sentimentos não sofrem qualquer modificação. Cara, é tão estranho isso , mas ao mesmo tempo á tão óbvio! É tão certo quanto o
amanhecer, é tão óbvio quanto chuva de verão , é tão lindo como arco-íris, é tão assustador quanto relâmpagos.
Nada e nem ninguém consegue descrever a minha confusão, o meu amor, a minha devoção. Dentro de mim , há uma verdadeira tempestade de teses, de reflexos, de amores, de raiva, de duvidas, de saudades. Há um poço de questões, de respostas, de certezas , de indecisão. Dentro de mim existe alguns segredos, vários sonhos, desejos ocultos, e ao mesmo tempo há um vazio...
Por hoje chega de complicações.... Vou ouvir meus hits, meus clássicos, compor novas melodias, sonhar acordada com minhas memorias!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Janela de casa
Entre a correria do dia, a canseira da noite, a ocupação das tardes, a ganância da vida, a distração vivida,e as voltas do relógio, deixamos de prestar atenção nas coisas mais belas da vida. Coisas que só são possíveis e só acontecem sem nossa intervenção. Coisas que não acontecem quando queremos.
Coisas como luar, pôr-do-sol, nascer do sol, como as estrelas, os trovões, os clarões, a chuva, as nuvens, o sorriso.
Como também não reparamos nos olhos que pedem ajuda, perdão, só reparamos nas mãos que se estendem pedindo dinheiro. Não sabemos interpretar que aquilo ,muitas vezes, é muito mais que uma abordagem inconveniente que irá só atrapalhar nossa batalha contra o tempo. Aquilo é o retrato do descaso do mundo, da conseqüência do passado, é a implicação do futuro, e é apenas um ser humano vivendo, ou melhor , não vivendo, é alguém que deixou pra trás o orgulho ,o sentimento de poder, querer. São almas desesperadas , que vagam.... Assim como nós , que não temos vida pra olhar além da janela.
Assinar:
Comentários (Atom)