domingo, 17 de maio de 2009

welcome to the jugle

Bem vindo a selva!

Seja bem vindo a esse lugar onde tudo parece demais, e nada parece tudo.
Bem vindo as confusões de uma mente que se divide entre obrigação e imaginação, que vive tentando esquecer o passado, projetando um futuro. Seja bem vindo as atitudes de alguém, que não sabe bem o que quer, ou de alguém que, bem sabe o que quer, e que vive esperando que esse querer esteja certo.

Uma pessoa que não consegue definir seu estado emocional, que sempre sabe que precisa estar fazendo algo, e que sente pouco tesão nas coisas que precisa executar.É estranho contar os dias para que acabe esse acumulo de obrigações, essa meta de se viver para fazer algo. Não sei se serei tudo aquilo que imaginei por uns minutos ser, não sei se terei todas as minhas fantasias completas, não sei se iriei querer ser o bem ou o mal das histórias que ouvi.Não sei se compensa o que eu faço hoje, não sei se a vida vale a pena ser vivida contando os dias para que algo melhore. Não sei se quero levar meus vinte anos dessa forma. Realmente não sei.

Assim como uma selva, não há caminhos prontos, não há certezas do que irá acontecer no caminho, não há previsões se algo irá acontecer.Tudo pode ser uma grandes expectativa e virar uma grande monotonia.

É uma grande monotonia! Bem vindo a selva! Espero que encontre aquilo que procura, espero que sua selva seja mais perigosa e incerta que a minha!

sábado, 9 de maio de 2009

Produzir X Viver

Viver ou sobreviver?
Fazer tudo igual sempre pode ser um sinal de que você apenas sobrevive. Não participar ativamente de sua vida, apenas sentir os dias passando. Percebendo, portanto, que iniciamos outro mês com as cartas com as faturas que chegam nos primeiros dias. Ou que este acabou, quando verifica o saldo, e percebe que o dinheiro está se esgotando. Verbalizar frases assustadas de como o ano passou voando, pode ser um sinal de que sua vida está acontecendo sem a sua participação, de que você está aceitando a carona dela para algum lugar que lhe é conveniente.
Na correria do dia, no peso das obrigações, na pressão do mundo, na necessidade de crescer e produzir, é quase um luxo parar por alguns minutos para nada fazer. Parar para ouvir o silencio, contemplar o escuro, sentir a respiração basal, é quase um afronto inescrupuloso da moral e bons costumes, é a maior prova de desocupação humana.
E o cabe a nós fazermos?! A revolução! Assim como qualquer maquina, precisamos de minutos, quem sabe horas de descanso. Precisamos que nossas mentes parem por alguns minutos de trabalhar em sua potencia máxima. O ócio é necessário, e isso todos nós sabemos. Não deveriamos ter vergonha em assumir que deixamos um tempo reservado para o ócio.Alias se é que deixamos. Essa gana em produzir, de ser sempre melhor, pode acabar nos levando ao tédio e a inutilidade.
É preciso um tempo para pensar em coisas boas, momentos para criar sonhos.É preciso que haja relacionamentos entre os animais, precisamos estar mais em contato com a natureza, precisamos entender tantas coisas ocultas. Temos tantas obrigações ao longo do dia que, quando conseguimos ouvir o simples cantar de um bando de pássaros, paramos para ouvir a sinfonia, sentindo um prazer indescritível nela. Assim como quando vemos o luar, ou o pôr-do-sol, coisas tão triviais, mas tão raras de se perceber.
Uma sociedade formada para produzir, para conseguir subsídios para manter-se vivo,esse é o mundo que estamos inseridos,e se não soubermos como se manter, entraremos no estado vegetativo. O desemprego surge como um câncer que logo se espalha por todos os aspectos da vida de uma pessoa. Essa ganha um novo apelido, uma nova descrição: o novo desempregado. Não possui mais nome, é o desempregado. Não tem mais ocupação, é o desempregado. Não é mais o pai de família, é o desempregado. Não é mais quem sempre sonhou em ser, é o desempregado. Aquele que nada ajuda na sociedade, aquele que nada produz, que nada pode ter, que nada pode fazer,aquele que não possui mais carteira assinada, sim , aquele que nem percebe os dias passarem, pois nem cartas de contas a pagar ele recebe,só comunicados de sua dividas sem previsão de quando serrão quitadas. Nada de saldo novo no começo de mês, nada para diferir o começo e o final do mês.Este só sente os dias passando, sem entender a magnitude disso.
Precisamos viver mais, precisamos entender o que o tempo, a vida nos reserva, precisamos ter dignidade para saber distinguir as horas que passam. As horas que passaram não retornaram , mas procure entender as hroas que virão, procure aproveitar sua vida, participando ativamente dela, não somente cumprindo sua carga horária. Bater cartão nem sempre é tão prazeroso assim.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

só saudade, e só duas vezes: só e com saudade ,e só com saudade.

Saudade. Palavra que só existe no alfabeto Brasileiro, e por que será!?Que somos um povo altamente carinhosos e receptivos qualquer individuo já percebeu, mas qual será a razão de nenhum outro povo ter dado nome a esse sentimento, se é que a saudade é um sentimento.

Sentimento, estado, momento, não sei.... Psicológico, fisiológico, social, global, o que é a saudade!? Em que parte do cérebro ela se manifesta!? Há relação enzimática, sináptica, ou será só uma energia, uma sensação? Existe graus? É classificável, possui sintomas, evolui para outra coisa? O que é !?

Não tenho nenhuma dessas resposta, e também pouco me importa. Sei que estou com saudade, sei que meu peito está apertado, com vontade de distribuir abraços da mesma magnitude. Quero sentir braços entrelaçando meu peito, sorrisos iluminando meus passos, olhares decifrando minhas atitudes.

Estou com saudade de um tempo que não tem volta, de pessoas que não voltarão, de amores que não aconteceram, de sonhos que ainda terei, de momentos que pude viver e deixei passar.E nesse momento, não há lugar para filosofias, ou palavras belas que se integram para formar textos poéticos. A beleza de escrever ,dessa vez, dá espaço a beleza de viver, de se relacionar, de crescer. Sim pois, quando se vive, se estabelece relações. Algumas delas são propositais, outras inevitáveis, umas contam com a ajuda do acaso, do destino, outras com a oportunidade e a atitude. E a medida que se cresce é deixado muita historia de vida, algumas pessoas, certas situações, é deixado pra trás uma forma de viver.

Na vida certas situações se fazem imutáveis, indispensáveis e indisponíveis.E são essas que prestamos atenção, que bolamos planos, e evocamos o famoso " e se" como se pensar em diferentes futuros fossem amenizar o presente. São essas situações que fazem nossos peitos ecoarem, nossos olhos fecharem e nossa mente extasiar.Acredito que os sonhos podem ter algum tipo de ligação com essas situações que gostaríamos que não fosse tão estáticas, ou não, algumas delas adoramos que são estáticas.

Hoje acordei só saudade, e só duas vezes: só e com saudade ,e só com saudade. Acordei pensando e sentindo saudade. Doí, alegra, anima, motiva, desfoca, é a solução, é o problema. A saudade é amiga, é traiçoeira, é egoísta, é altruísta. É branca, é verde, é preta, é transparente. É importante, é inconstante, é forte, é fraca, é bela, é feia, é vida, é morte.

Me dá tanta vontade de voltar e viver de novo, ou vontade de voltar e viver junto.Vontade de saciar a saudade, vontade de deixar de estar duas vezes só com saudade.